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áspera melodia - carlos asp 70 anos

 

Carlos Asp pertence a uma geração que iniciou sua trajetória nos anos 60 e apostou intensamente na potencialidade crítica da Arte. Riscar o papel, arriscar-se na vida, sem meias palavras ou gestos de pouca medida, poesia, rock, jazz, pedra, flor e mar. Áspero arde o mel na língua, melodia. Mais do que uma via de sensibilização em relação aos modos de ver e estar no mundo, a arte tem a capacidade de reconfigurar os mecanismos que moldam nossa experiência comum. Alinhando sentidos, sentimentos, impressões, formas de pensar e agir, Arte é o conhecimento do mundo que não renega o lado sombrio ou agudo da Razão.

 

Des/razão, cor pura, campos relacionais. Todo suporte é válido. Entre os restos, amarelo-ouro e vermelho-sangue se misturam. Áspero é o papel, o risco traçado em cor. Linhas de um horizonte perdido. Configurada como uma instalação, Áspera Melodia opera como uma exposição-antológica em homenagem aos 70 anos de arte/vida de Carlos Asp. A montagem reúne obras por afinidades poético-visuais – desenhos, objetos, escritos, instalações e documentos – pertencentes ao acervo pessoal do artista e a instituições públicas e privadas do RS. Entre os destaques está a instalação “Noite, Névoa, Dia”, idealizada em 1977 como um desenho-projeto para um dos cartazetes Nervo Óptico e somente agora realizada espacialmente.

 

Ana Albani de Carvalho

Curadoria

de 19/03/2019 a 14/06/2019

© 2018. Criado por didijuca.com para PINACOTECAS DE PORTO ALEGRE.

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